A morte do candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos
- Rosa Carvalho
- 14 de ago. de 2014
- 3 min de leitura
Eduardo Campos morre em Santos após queda do avião em que viajava
Jato caiu sobre casas em um bairro residencial da cidade, no litoral paulista.

Presidenciável do PSB tinha viajado para cumprir agenda de campanha.
O candidato a presidente do PSB, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morreu na manhã desta quarta-feira (13) após a queda do jato particular em que viajava em um bairro residencial em Santos, no litoral paulista. Ele tinha completado 49 anos no último domingo (vejafotos da trajetória do presidenciável).Chovia no momento do acidente. A Aeronáutica informou em nota que o avião decolou do AEROPORTO SANTOS DUMONT, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP). "Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave", informou a nota (leia a íntegra da nota ao final desta reportagem).
Moradores disseram ter visto uma bola de fogo no céu. Os destroços atingiram residências do bairro. Seis vítimas do acidente que moravam na área onde caiu o avião foram para a Santa CASA de Santos, entre elas duas crianças, duas mulheres e uma idosa. Segundo o hospital, todos passam bem.
Campos tinha uma programação de campanha em Santos nesta quarta. De acordo com a assessoria do candidato, ele participaria às 8h, às 9h30 e às 14h30 de entrevistas a emissoras de televisão locais. Às 10h30, concederia uma entrevista coletiva às 12h30 participaria de um seminário sobre o Porto de Santos.
A bordo da aeronave estavam sete pessoas, das quais cinco passageiros (entre eles Campos) e dois tripulantes. Veja a lista dos mortos:
- Eduardo Campos, candidado à Presidência - Alexandre Severo e Silva, fotógrafo - Carlos Augusto Leal Filho (Percol), assessor - Geraldo Magela Barbosa da Cunha, piloto - Marcos Martins, piloto - Pedro Valadares Neto - Marcelo de Oliveira Lyra
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o motivo do acidente. A PF enviou seis peritos para Santos a fim de trabalhar na apuração do caso. Aeronáutica e Polícia Civil também vão investigar.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) se deslocou para a cidade depois de tomar conhecimento da morte de Campos. "Estamos diante de uma tragédia que entristece todo o país. Quero em nome do povo de São Paulo trazer nossos sentimentos a todos os familiares das pessoas que perderam a vida nesse acidente", afirmou Alckmin.
Os principais adversários de Campos na campanha eleitoral, Dilma e Aécio Neves (PSDB), cancelaram os compromissos de campanha. Todos os comitês de Dilma suspenderam as atividades após a confirmação da morte. "Estou absolutamente perplexo", afirmou Aécio Neves no Rio Grande do Norte.
A presidente Dilma Rousseff decretou luto oficial de três dias. "Estivemos juntos, pela última vez, no enterro do nosso querido Ariano Suassuna. Conversamos como amigos. Sempre tivemos claro que nossas eventuais divergências políticas sempre seriam menores que o respeito mútuo característico de nossa convivência", afirmou a presidente em nota oficial. "O Brasil perde um dos seus mais talentosos políticos, que sempre lutou com idealismo por aquilo em que acreditava. A perda é irreparável e incompreensível", declarou Aécio Neves.
Nove anos antes, em 2005, no mesmo dia (13 de agosto), morreu o avô do presidenciável, Miguel Arrais, de quem Campos era herdeiro político.
A morte do candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos, mobilizou as redes sociais nesta quarta-feira. Segundo o Scup foram quase 8 mil menções sobre a morte de Eduardo Campos, contabilizando Twitter, Facebook, Google+ e Instagram. De acordo com o Topsy, que se destaca por pesquisar no serviço de microblog Twitter, o termo "Eduardo Campos" foi citado mais de 240 mil vezes na rede sociais.
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